Centro Cultural de Cascais
ACERVO DA COLEÇÃO DA FUNDAÇÃO D. LUÍS I
Os próximos desafios que vão encontrar convidam-vos a conhecer melhor a coleção da Fundação D. Luís I, instalada no Centro Cultural de Cascais. A partir de algumas obras aqui destacadas, são lançadas propostas criativas de exploração visual e plástica, desafios simples ao alcance de qualquer curios@!
"Viagem no Tempo" (a partir história do Centro Cultural de Cascais)
Dentro de casa também podemos viajar: pelas histórias que foram vividas dentro e fora de casa, que são guardadas dentro dela ou que nos levam a imaginar outros tempos e cenários.
"Abstração no mundo real" (desafio sobre a Exposição VIVIAN MAIER – Street Photographer)
Vivian Maier observava e registava obsessivamente o que a rodeava: as pessoas, as situações, os espaços: tudo lhe parecia interessante! Sob o seu olhar, os lugares onde vivia ou por onde andava podiam também tornar-se dignos de uma pintura abstrata. É mais fácil ter essa sensação quando a fotografia nos mostra algo que não conseguimos reconhecer (pelo menos imediatamente).
Tantas cores nesta pintura de Victor Costa! Como é que algumas linhas se mantiveram tão direitinhas no meio da confusão? Experimentem encher de cor(es) uma zona de um papel grosso ou cartão, depois tapar com uma fita-cola, pôr mais cores por cima dela e voltar a tirar a fita-cola... A fita cola de papel é melhor, mas qualquer uma serve se primeiro as colarmos noutro sítio para perderem alguma da sua força (pode ser uma almofada). Não se esqueçam que a própria fita-cola já colorida pode ser integrada no vosso caos geométrico!
A artista Manuela Castro Martins inspirou-se nas rosáceas de vitral que existem em muitas igrejas e catedrais para fazer as suas rosáceas de vidro fundido. As peças verdes são todas iguais, mas foram dispostas de maneira diferente para criar padrões e ritmos diferentes. Explorem a simetria e o ritmo numa rosácea feita com as colheres que têm em casa, ou com tiras de plasticina. Se o fizerem com papel celofane e cola, até podem pendurar numa janela.
O artista Filipe Rocha da Silva pintou uma rua com árvores e edifícios de uma cidade movimentada e depois cobriu tudo com muitas figuras humanas muito pequeninas... e depois voltou a sobrepor mais uma pequenina mas grande multidão desta cidade. Desenhem a vista da vossa rua só com cores mais claras. Depois registem tudo o que acontecer na vossa rua ao longo destes dias com miniaturas feitas com cores mais escuras: vão acrescentando por cima do desenho inicial mesmo que não tenha sido naquele sítio (e mesmo que nunca tenham visto o cão que ladra daquela maneira). As coisas que se repetirem, são desenhadas por cima do respetivo primeiro registo. Tudo conta: o carteiro, o autocarro, a chuva... E podem ter uma folha para cada janela.
Esta obra de Noé Sendas já enganou, e até assustou, muitas pessoas que não estavam à espera de encontrar duas "pessoas" sentadas no escuro a meio da exposição ACERVO – Coleção da Fundação D. Luís I. Conseguem criar em casa uma figura tão realista que engane alguém? Um dos truques é tapar tudo o que é mais difícil de imitar: pés dentro de sapatos, mãos nos bolsos ou com luvas e cara tapada por uma peruca ou um chapéu.
As figuras brancas desta pintura de Justino Alves fazem muitos visitantes pensar que construção sairia daqui se estas "peças" se encaixassem umas nas outras. E que tal experimentarem isso mesmo, criando uma escultura em papel? Basta desenharem estas formas em restos de cartolina ou até no interior de uma caixa de cereais (que podem pintar), recortá-las, fazer um pequeno corte em cada uma delas e decidir qual juntar com qual, corte com corte. Lembrem-se que, para ser uma escultura, deve ter três dimensões: comprimento, largura e altura.
Sugerimos que, inspirados nesta obra de Emília Nadal, investiguem com cuidado uma romã/ noz/ planta/ flor aí de casa. Registem, sem pressa, tudo o que observarem com os olhos e as mãos – textura, peso, temperatura, cores e tons, zonas de luz e sombra. Todos esses elementos podem ser postos num desenho feito com um só lápis, ou outro riscador, experimentando linhas feitas com suavidade ou mais pressão, mais afastadas, juntas ou até sobrepostas. Com 4 desenhos feitos, é altura de os organizar numa composição que procure representar a passagem do tempo – a vida silenciosa do que escolheram desenhar.
Através da representação do corpo, Sérgio Pombo explora a ideia do múltiplo sempre diferente. Que é como quem diz, a repetição sem nunca repetir. Para explorarem esta ideia, a partir de um único desenho da figura humana, recortado para servir de molde a outros tantos iguais, criem um livro-corpo, repetindo as formas das páginas mas não o que nelas desenham, pintam, colam, escrevem ou cosem. Esse livro pode mostrar o que guardam dentro. No final, basta unir todas as folhas dando um nó com um pouco de linha em dois ou três pontos furados com uma agulha (mas devem experimentar abrir e fechar antes de apertar).
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